Preço da Carne em Queda: Filé-Mignon e Outros Cortes Mais Baratos - Giro Finanças

Nos últimos tempos, temos visto uma redução no preço da carne bovina, com todos os cortes ficando mais acessíveis durante o mês de agosto. O filé-mignon foi o destaque dessa queda, ficando 15% mais barato em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) divulgado recentemente.

Além do filé-mignon, outros cortes também se destacaram na deflação, incluindo peito, alcatra e capa de filé. Mas o que levou a essa redução nos preços da carne, e por que essa queda não é tão evidente nas prateleiras dos supermercados?

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Direto ao ponto

O Motivo da Queda no Preço da carne

A principal razão para essa queda de preços está relacionada ao valor pelo qual o gado é vendido no campo, que diminuiu cerca de 30% somente este ano, comparando os meses de janeiro a setembro. Essa redução no preço do boi se deve a uma alta oferta de animais no pasto.

O Brasil está passando por um período de grande oferta de bois, em parte devido ao aumento do abate de fêmeas. Esse movimento já era esperado e faz parte do ciclo pecuário. Quando os produtores seguram as vendas de animais porque eles estão valorizados no mercado, os preços da carne sobem. Então, as vacas continuam se reproduzindo até que haja um excesso de bezerros no mercado. Nesse momento, os preços caem e mais carne é disponibilizada, levando à situação atual.

O clima também desempenha um papel importante. O aumento das chuvas melhorou a qualidade do pasto, reduzindo os custos com ração. Além disso, os preços dos grãos, como soja e milho, caíram nos últimos 12 meses, o que também contribuiu para a economia no campo.

Por que os Preços Caem Mais no Campo do que nas Prateleiras?

Apesar de os pecuaristas estarem vendendo o boi a preços menores para os frigoríficos, há outros custos na cadeia de produção que impedem que o consumidor final pague menos pela carne. Uma dessas etapas cruciais é a escala de abate. Como há menos demanda por carne, os frigoríficos compram menos animais, o que mantém a oferta nas prateleiras dos supermercados estável.

Além disso, os custos logísticos também estão em alta, principalmente devido aos preços dos combustíveis. A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) ressaltou que é necessário considerar os custos de logística, energia, armazenagem e exposição nas lojas, bem como a demanda por carne bovina no mercado internacional, ao avaliar os preços ao consumidor.

Veja Também: Alimentação mais barata e preço de ENERGIA MAIS CARAEmbora a carne bovina esteja mais barata no campo, esses custos adicionais ao longo da cadeia de produção limitam a queda nos preços nos supermercados. Portanto, enquanto os produtores e pecuaristas podem estar se beneficiando da redução dos preços no campo, os consumidores podem não perceber a mesma economia imediatamente nas prateleiras.

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By Luciana Franco

Luciana é formada em Direito e cursa Publicidade e Propaganda. Como redatora, aproveita para estar sempre atualizada sobre as principais notícias e tem interesse pelas áreas de política, tecnologia e marketing.

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