Inflação em novembro de 2024 desacelera, mas atinge 4,87% no acumulado anual -

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, subiu 0,39% em novembro de 2024, segundo o IBGE. O número é inferior ao de outubro, quando o índice registrou alta de 0,56%. Por outro lado, no acumulado de 12 meses, a inflação alcançou 4,87%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,75%.

LAT_guia-de-supermercado Inflação em novembro de 2024 desacelera, mas atinge 4,87% no acumulado anual

O que impulsionou o IPCA em novembro?

O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela alta. As carnes, por exemplo, registraram um aumento significativo de 8,02% no mês e acumularam 14,80% no ano. Esse avanço reflete a alta demanda no mercado interno e as exportações aquecidas, além do aumento no custo do boi gordo.

Além disso, os combustíveis contribuíram para o resultado. A gasolina teve um acréscimo de 0,98%, enquanto o etanol subiu 1,23%. Esses aumentos estão diretamente ligados à valorização do dólar e ao preço do petróleo no mercado internacional.

Inflação em novembro e meta de impacto na política monetária

A inflação acumulada, que superou o teto da meta, deve influenciar as decisões do Banco Central sobre a taxa Selic. Atualmente em 10% ao ano, a Selic pode ser ajustada para conter os riscos de uma inflação persistente.

Por isso, economistas alertam que a volatilidade cambial e os preços das commodities continuarão pressionando o IPCA nos próximos meses. Apesar da desaceleração em novembro, o cenário ainda exige atenção para evitar desequilíbrios econômicos.

Expectativas para dezembro e 2025

Os especialistas apontam que o consumo elevado no fim de ano e os reajustes em serviços e transporte podem impulsionar a inflação de dezembro. Além disso, será necessário acompanhar as decisões do Banco Central, que buscará alinhar as expectativas do mercado e garantir que a inflação retorne ao centro da meta.

Dessa forma, o comportamento do IPCA no início de 2025 será crucial para avaliar o impacto das políticas monetárias em andamento e a estabilidade econômica do país.

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By Saimo Hernandes

Saimo Hernandes, formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem 24 anos e é fascinado pelas conexões que movem o mundo, unindo economia, tecnologia e seus impactos na vida cotidiana. Trabalha com campanhas digitais, comunicação e redação, sempre explorando formas de tornar ideias acessíveis e relevantes para as pessoas.

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