O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está empenhado em encontrar alternativas para reduzir os elevados juros rotativos do cartão de crédito no Brasil. No entanto, ele expressou sua preocupação com a possível extinção do “parcelado sem juros”, uma modalidade amplamente utilizada pelos consumidores. Mesmo com pressões dos bancos para eliminar essa opção, Haddad acredita que isso prejudicaria as compras parceladas, que correspondem a cerca de 70% das vendas no comércio.
Enquanto as instituições financeiras pressionam pelo fim do parcelamento sem juros como parte das negociações com o governo e o Banco Central sobre os juros do cartão de crédito, Haddad enfatiza a importância de considerar o impacto negativo que essa medida teria nas compras parceladas, que desempenham um papel crucial na economia.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também defendeu a ideia de abolir o sistema de rotativo e direcionar o crédito diretamente para o parcelamento, que normalmente possui taxas de juros mais baixas. Atualmente, a taxa de juros no parcelamento gira em torno de 9% ao mês (181% ao ano), enquanto a taxa de juros do rotativo atingiu incríveis 437,25% ao ano em junho.
Haddad tem buscado incessantemente negociar uma redução nas taxas de juros com os bancos desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, mas os resultados ainda estão pendentes. Recentemente, ele se reuniu com líderes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e CEOs dos principais bancos, ressaltando que a questão dos juros rotativos é um dos principais desafios financeiros do país.
Uma mesa de negociação foi estabelecida para abordar essa questão, e espera-se que dentro de 90 dias sejam apresentadas alternativas para resolver o problema dos juros do cartão de crédito. A decisão terá um impacto significativo tanto nos consumidores quanto nos comerciantes, e o governo está trabalhando para equilibrar os interesses de todas as partes envolvidas.
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